Se nos anos 90 do século passado foram dadas muitas machadadas neste sector, em 2015 formaram-se as condições perfeitas para uma privatização plena e total do sector das águas.
Se nos anos 90 do século passado foram dadas muitas machadadas neste sector, em 2015 formaram-se as condições perfeitas para uma privatização plena e total do sector das águas.
Em 2010, a Assembleia-Geral das Nações Unidas reconheceu como direito humano fundamental o acesso à água e saneamento.
A privatização da água em Portugal foi disfarçada com a utilização recorrente do termo concessão. O universo de concessões ao nível municipal no sector das águas e saneamento básico é constituído por 27 concessões que foram adjudicadas a operadores privados. Este modelo de gestão de concessões de abastecimento de água e saneamento de águas residuais “em baixa” vigora em Portugal há cerca de 20 anos.
Um dos principais argumentos utilizados em 2011 pelo então presidente da Cãmara Municipal de Lisboa (CML) foi a enorme vantagem do encerramento do ciclo da água dentro de uma mesma empresa. Assim, desde a captação no meio à deposição no mesmo, todo o circuito se encontraria dentro do mesmo sistema.
Apesar da incansável propaganda e das enormes pressões por parte de instituições financeiras internacionais e governos neoliberais a favor das privatizações e das parcerias público-privadas (PPP), várias cidades, regiões e países remunicipalizaram os serviços de água e saneamento.