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Cartaz do encontro de lançamento do Movimento Municípios pela Paz / CPPC

 

Numa iniciativa conjunta com o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), um conjunto de municípios decidiu criar o Movimento Municípios Pela Paz numa reunião realizada na Câmara Municipal do Seixal, em 29 de Outubro de 2016.

Nessa reunião, foram aprovados 10 compromissos dos municípios que integram o Movimento Municípios pela Paz, que foram enviados a todos os municípios do país, apelando-se a que adiram ao movimento.

Entretanto, dando cumprimento às propostas contidas nos compromissos, propõe-se à Câmara Municipal de Gondomar - este ano 2017, Gondomar é Cidade Europeia do Desporto - a realização da primeira iniciativa: assinalar, a 6 de Abril, o Dia Internacional do Desporto pelo Desenvolvimento e pela Paz, data que a ONU proclamou em 2013.

Pretende-se, com esta iniciativa que já foi divulgada junto de todos os municípios do país, conseguir que os interessados participem na demonstração de modalidades/atividades desportivas, seguida de uma curta caminhada, a terminar no recinto da iniciativa com um breve apontamento cultural. Foi solicitado aos municípios que comuniquem à Câmara Municipal do Seixal a sua sugestão de participação para coordenar com a Câmara Municipal de Gondomar e o Conselho Português para a Paz e Cooperação.

 

10 Compromissos dos Municípios pela Paz

1. Considerar que a paz é essencial à vida humana e uma condição indispensável para o ­progresso, o bem-estar, a democracia e a liberdade dos povos, um mundo melhor para toda a humanidade;

2. Reconhecer que a defesa do espírito e dos princípios da Carta das Nações Unidas e da ­Constituição da República Portuguesa são a base fundamental para promover a liberdade, a democracia, o fim das guerras, a conquista da paz, a afirmação da soberania e independência nacionais, o desenvolvimento de relações internacionais equitativas e pacíficas e uma política de amizade e cooperação com todos os povos do mundo;

3. Fomentar uma cultura de paz sustentável nos seus territórios que dê prioridade à defesa dos direitos fundamentais da população nas várias áreas, incluindo a elevação do nível cultural, assim como a eliminação das desigualdades e de todo o tipo de violência;

4. Promover o conhecimento e a defesa da Carta da ONU e dos princípios aí consagrados, nomeadamente junto das novas gerações, como: o respeito da soberania; o não recurso à ameaça ou uso da força; o respeito pela integridade territorial dos estados; a resolução pacífica dos conflitos internacionais; a não ingerência nos assuntos internos dos Estados; o respeito pelos direitos humanos e liberdades fundamentais; o direito à autodeterminação dos povos; a cooperação com todos os outros povos para a emancipação e o progresso da humanidade;

5. Promover a solidariedade entre os povos, dar particular atenção aos povos vítimas de agressão e ingerência e desenvolver atividades de incentivo à cooperação como alternativa à guerra, contribuindo para o desenvolvimento de uma cultura de paz;

6. Afirmar como urgente o fim das armas de extermínio em massa, nomeadamente as armas nucleares, assim como o desarmamento geral e controlado;

7. Incentivar a educação para a paz, nomeadamente junto das novas gerações, em prol dos valores da paz, da amizade, da solidariedade, da cooperação, da dignidade e da equidade, valores que devem caracterizar as relações entre os povos;

8. Desenvolver atividades em colaboração com outras entidades, designadamente autarquias, associações, sindicatos e escolas que contribuam para promover a liberdade, a democracia, o fim das guerras e outras ocupações e ingerências, o desarmamento geral e controlado, a afirmação da soberania e independência nacionais, o desenvolvimento de relações internacionais equitativas e pacíficas, uma política de amizade e cooperação com todos os povos do mundo, condições indispensáveis à paz;

9. Promover o intercâmbio de experiências e a promoção de iniciativas convergentes entre as entidades que integrem o movimento Municípios pela Paz e divulgar atividades já existentes, designadamente nas áreas da educação para a paz e da cultura de paz;

10. Promover um calendário de iniciativas públicas que assinalem, nomeadamente, o Dia Internacional da Paz (21 de Setembro), o Dia Internacional para a Abolição Total das Armas Nucleares (26 de Setembro), o Dia Internacional do Desporto para o Desenvolvimento e a Paz (6 de abril), e os bombardeamentos nucleares de Hiroxima e Nagásaqui (6 e 9 de Agosto).

 

 

Ilda Figueiredo

(presidente do CPPC)